Conhecendo a UFT: A Rádio Sentinela - Laboratório de Jornalismo

segunda-feira, março 22, 2010 Por Felipe Albuquerque

O laboratório tem como finalidade atender o curso de Jornalismo, sob as disciplinas de: Introdução ao radio, onde os alunos têm o primeiro contato básico com as técnicas e formas de locução; Radio Jornalismo, em que há um aprofundamento maior e um trabalho pratico mais especifico (programa de radio) feito e inclusive transmitido na faculdade; e Projeto Experimental II, onde os alunos devem fazer um projeto que contemple uma das linguagens da Comunicação Social, e muita das vezes o programa de radio é escolhido como produto.



E pra quem pensa que o Laboratório de Rádio da UFT é ruim, pasme, ele já foi bem pior. No inicio os aparelhos eram amadores. Quem se lembra do cassete? Mas era com pouca estrutura e equipamentos arcaicos que os alunos e professores trabalhavam em busca de atingir seu objetivo maior, que é o conhecimento e a habilidade prática. Certa vez, levaram os equipamentos para Agrotins, a fim de transmitir a outras pessoas o programa que possuía o nome Trans Fronteiras. Os alunos e professores deram vida ao nome do programa.

Atualmente, os alunos do quarto período de Jornalismo, estão sendo avaliados pelo professor Carlos Franco, que ao ministrar a disciplina de Radio Jornalismo, orienta na produção de um programa de radio. A rádio que leva o nome de Sentinela vai ao ar às segundas feiras, a partir das 9h30 com o programa Comunique e abrange pontos como: bloco I, bloco II e ponto coletivo em frente à UAI. De cunho informativo, mas bem descontraído, o programa oferece noticias sobre esporte, cultura, política e informes acadêmicos. A experiência esta sendo muito mais do que simplesmente avaliativa, desperta também a curiosidade e o interesse de muitos alunos por essa maravilha que é o radio.

Mas como nem tudo é maravilhoso, os alunos, professores e principalmente técnicos do laboratório, passam por diversos problemas e enfrentam dificuldades na hora da produção dos trabalhos. A carência de uma estrutura física adequada impede até mesmo a compra de novos equipamentos, que seria em vão sem antes construir um lugar apropriado, sem infiltrações, com extintor de incêndio e demais aparelhos necessários para a execução de um trabalho com qualidade. De que adianta novos cursos, se os que já existem não são totalmente estruturados?

A luta por uma rádio “fixa” é antiga. Ao se tornar técnico do laboratório, Ideglan Bob Maia, o “bob”, solicitou à coordenação do curso de Jornalismo a liberação de algumas caixinhas de som de três auditórios, que eram totalmente inutilizáveis, pois não satisfaziam a estrutura do local. Após muita burocracia, o pedido foi aceito. Quando os técnicos de informática trocavam a internet a cabo para sem fio, Bob utilizou os fios que seriam jogados fora, para fazer a instalação das caixinhas nos blocos I e II, ponto coletivo da UAI, e na própria UAI. Mas se frustrou ao descobrir que era impossível espalhar as caixinhas nas passarelas, por falta de estrutura adequada. E após acidentes causados por problemas técnicos como: a queda de uma das caixinhas na UAI e a reclamação de um professor pelo incomodo do volume do áudio; interromperam a programação existente. Algumas caixinhas foram compradas, mas os fios ainda são de internet.

 “A autorização para o que a UFT Educativa entre no ar foi dada após encontro do reitor Alan Barbiero com o secretário executivo do MEC, Fernando Oliveira, realizado na manhã desta quinta-feira (18).”...“

O prédio da Rádio UFT Educativa começa a ser construído já na semana que vem, e a licitação para aquisição do equipamento técnico necessário já está sendo feita – bem como a elaboração da grade de programação da emissora.”, segundo portal de noticias da UFT. Porque viabilizar recursos e dar condições para que o “curso de jornalismo” tenha sua própria radio, sendo que eles podem construir uma novinha? Talvez o maior empecilho contra a criação de uma rádio sobre a direção dos alunos, não seja meramente financeiro, e sim medo de possibilitar mais uma forma de comunicação que dissemine os erros da própria faculdade.

                        Autora: Rayssa Pajeú, acadêmica de Comunicação Social - UFT

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2 comentários

Gabriela, sempre Gabriela disse...

É a comunicação nas mãos do poder...Sempre! Dessa vez na forma Institucional.
Frustante? Sem dúvidas! Uma vez que a própria universidade vai contra aquilo que nos é pregado em sala. Acreditamos que diferente do mercado, a academia nos possibilita maior liberdade, espaço para colocarmos em prática a teoria, tal qual é ensinada. Ledo engano... Afinal a comunicação será sempre uma pedra no sapato daqueles que não querem ver suas ações questinadas. Fica a questão: Seremos nós, estudantes de jornalismo, participantes do processo de crescimento da universidade ou a pedrinha no sapato que deve ser chutada pra bem longe?
Parabens pelo texto e principalmente pela iniciativa amiga!Bju

Esmalte Descascado disse...

Muito BEMMM!!!
Eu, que já estava feliz em ler essa matéria por aqui, me admirei ao ver que se tratava de uma matéria produzida por uma aluna, quando cheguei no fim do discurso. Raýssa, meus PARABÉNS! A iniciativa foi maravilhosa. Tomei como exemplo, já!
Obrigada pelo espaço, Consuni.

Beijos
Ina

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