As campanhas estão sendo feitas em virtude do novo momento da Universidade, que vem ampliando significativamente seu leque de ações com a implantação dos novos cursos. Dessa forma, é indispensável que as bibliotecas mantenham o acervo atualizado para atender a demanda sempre crescente de usuários. Até então, as aquisições eram feitas em conjunto com a coordenação dos cursos, juntamente com os professores, que indicavam os títulos a serem adquiridos, contemplando as bibliografias básicas e complementares.  Os alunos ainda não tinham participação neste processo.

Ampliação - Com o slogan “O Que você precisa? Indique livros para a nossa biblioteca”, agora os alunos também participam do processo de ampliação. Para participar, basta preencher o formulário de sugestões, disponíveis nas bibliotecas de cada campus. No formulário o aluno coloca seu nome e contato e sugere o novo título, disponibilizando o nome do autor, título e editora do livro. As sugestões serão avaliadas pelo bibliotecário responsável, que as encaminharão à coordenação de bibliotecas para aquisição, depois disso será comunicado ao aluno da disponibilidade do título sugerido.

Isso vai permitir com que os acadêmicos tenham a oportunidade de solicitar alguns títulos que julguem importantes para complementar a parte didática de seus estudos, ou mesmo títulos de literatura que gostariam de ler. “A participação do aluno no processo de aquisição do acervo, automaticamente o insere no processo de gestão das Bibliotecas da Universidade, fazendo com que ele também se sinta responsável pelo patrimônio que ajudou a adquirir. Sem contar que estimula o hábito de leitura deste aluno e enriquece o nosso acervo”, explica a pró-reitora de Graduação, Isabel Auler.

Preservação – A outra campanha é a de preservação dos livros existentes atualmente na UFT, que é feita pela terceira vez na instituição. A intenção é conscientizar a comunidade acadêmica sobre as necessidades de adotar atitudes que colaborem para a preservação do acervo; recuperar materiais bibliográficos danificados; mostrar a comunidade os prejuízos causados pelo uso inadequado; qualificar os funcionários das bibliotecas a respeito dos problemas que colocam em risco a integridade dos acervos, entre outros pontos de ações e conscientização.

Para tanto a UFT tem feito ações de conscientização com material gráfico e agora, nos próximos dias 6 e 7 de outubro, todos os responsáveis por bibliotecas dos sete campi estarão reunidos em Porto Nacional, para discutir ações de conservação, como lhe dar com o uso intenso dos livros e a falta de cuidado dos usuários. Neste sentido, ministrarão palestras o Sr. Jayme Spinelli Júnior, coordenador de Preservação, conservador-restaurador da Biblioteca Nacional e mestre em bens Culturais e Projetos Sociais, além de Rosângela Von Helde, bibliotecária da Fundação Biblioteca Nacional.

A palestra permitirá maior intensidade ao projeto de preservação do acervo da UFT, que vai aumentar o seu ritmo de trabalho. “A Universidade dará intensidade ao seu trabalho, tendo em vista a ampliação do acervo e os investimentos que tem sido feito. É preciso que os alunos aprendam a fazer o uso consciente dos livros, tendo mais cuidado com a manutenção do mesmo”, afirmou Isabel Auler.

Acervo Carlos Moreira – Ainda em Porto, os palestrantes da Biblioteca Nacional darão uma capacitação para as equipes responsáveis pelo tratamento do acervo Carlos Moreira, incluindo a higienização e restauração do mesmo. Este acervo contém livros, manuscritos, revistas e microfilmes da coleção pessoal do antropólogo Carlos Moreira, adquiridos pela UFT em agosto de 2008, para a Biblioteca do Campus de Porto Nacional.

Moreira faleceu em 2007, trabalhava no Serviço de Proteção ao Índio (SPI) e na Fundação Nacional do Índio (Funai). O material reune as principais obras publicadas de cronistas, naturalistas, colonizadores, etnólogos, antropólogos e historiadores, editadas entre os séculos XVIII e XX, em sua maioria com edições esgotadas. Vale lembrar que a coleção abrange diversas áreas do conhecimento, como História, Geografia, Antropologia e Cartografia, e é resultado das pesquisas e estudos realizados pelo autor desde 1953, enfocando povos indígenas da Amazônia.