Nesta segunda-feira, o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Tocantins (DCE/UFT) teve acesso aos laudos da vistoria ao Restaurante Comunitário Tereza Cristina Ayres, realizado pelo Ministério Público Estadual e pelas Vigilâncias Sanitárias Municipal e Estadual.

A visita surpresa, ocorrida no dia 17 deste mês, deu-se devido a um pedido da entidade estudantil.

O  teor do documento é estarrecedor, surpreendendo até mesmo a comunidade acadêmica, que já se familiarizou em encontrar objetos metálicos enferrujados, unhas, cabelos, borracha, pedra, larvas e moscas, na refeição.

Revelado à imprensa, as imagens feitas pela Tv Anhanguera tomaram proporção de escândalo, já que as irregularidades sanitárias verificadas, surpreenderam até mesmos os técnicos do órgão fiscalizador.

O MPE retirou várias fotos, as quais você pode conferir oficialmente na própria página do órgão, junto ao Picasa do Google.

Com mais de 3 páginas de irregularidades identificadas, tanto no local de Processamento/preparo dos alimentos  como na própria distribuição, o documento conclui tacitamente que: “diante dos fatos, observou-se que o Restaurante Tereza Cristina Ayres não cumpre com as normas e rotinas para serviços de alimentação preconizados em lei, o que pode interferir negativamente no processo de preparo de alimentos, ocasionando risco à saúde dos consumidores – estudantes e funcionários – expostos à alimentação servida pelo Restaurante Comunitário Tereza Cristina Ayres.” 

Isso mesmo: oferece risco à saúde humana. Não era para menos. Em um local imundo, cheios de criatórios de baratas e ratos, depósito de fezes de roedores nos ralos, chão e pratos, preparo de saladas em cubas desativadas, esgoto correndo livremente dentro da "cozinha" do Restaurante, moscas nas carnes, dentre outros sem números de irregularidades, não era para menos.

O laudo da VISA Municipal, apesar de apresentar menos irregularidades, não pecou em concluir que o resultado da vistoria foi "Insatisfatório".

Um elemento a mais foi encontrado no laudo municipal: baratas. Inclusive há fotos delas circulando pelas caixas de isopor onde são armazenados os alimentos.

Conclusão: "Sabe-se que uma das principais fontes de contaminação de alimentos é a higienização inadequada das mãos. O estabelecimento precisa de sérias melhorias, principalmente no que diz respeito às boas práticas de fabricação e manipulação de alimentos por parte dos funcionários.(...)"

De posse dos laudos, nesta quarta-feira, o DCE/UFT reforçou o Inquérito Civil aberto pelo Ministério Público Estadual e solicitou tomada de providências da Ouvidoria Municipal e da Procuradoria Geral do Município. 

O DCE descobriu também, que a empresa é reincidente e já foi autuada cerca de 3 vezes pela Vigilância Sanitária Municipal.

"Uma vergonha, uma calamidade o que foi encontrado naquele restaurante. Uma nojeira sem precedentes. Quem imaginaria que atrás daquelas portas do Restaurante Tereza Cristina Ayres, poderia ser encontradas tamanhas irregularidades? Não é porque comemos uma alimentação a um custo relativamente reduzido que seremos tratados de forma tão humilhante." comenta Felipe Albuquerque, presidente do DCE/UFT e também usuário do mencionado Restaurante.