Estudantes reivindicam qualidade nos serviços do Restaurante Comunitário de Palmas

terça-feira, agosto 03, 2010 Por Felipe Albuquerque

Um grupo de estudantes da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e demais organizações sociais de Palmas realizaram uma manifestação na manhã desta terça-feira, 3, em frente ao Restaurante Comunitário Tereza Cristina Ayres. 

A reivindicação dos acadêmicos é pela melhoria na qualidade dos serviços oferecidos pela empresa que administra o restaurante: quantidade da refeição oferecida, obediência ao cardápio oficial do restaurante elaborado por nutricionistas e  mais qualidade na alimentação.



Segundo os manifestantes, há um descaso do poder público na administração e fiscalização do Restaurante Comunitário de Palmas. “A alimentação às vezes é salgada ou estragada, não tem variedade, e também eles não fazem a limpeza das mesas, não tem copo nos bebedouros. Então há um descaso com os usuários, nós precisamos de um atendimento de qualidade”, disse o estudante da UFT Thiago Borges.

De acordo com o vice-presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) Thomaz Sousa, o usuário paga R$ 1 por um prato raso de comida e a prefeitura repassa a empresa que administra o restaurante pouco mais de R$ 2, totalizando um valor por refeição de mais de R$ 3 por refeição; R$ 2 pago pela prefeitura e R$ 1 pelo usuário. “Esse um real é ilusão, nós pagamos impostos, então pagamos mais de três reais para almoçar no Comunitário e não temos um serviço de qualidade”, observa o vice-presidente.

Os manifestantes alegam que vários restaurantes instalados na cidade servem refeição self-service a R$ 3 de melhor qualidade e em maior quantidade. “E estranhamente esses donos de restaurantes conseguem administrar seus estabelecimentos pagando funcionários, impostos, água, luz, aluguel, e outros, e ainda ter uma margem de lucro, o que torna incompreensível a situação do Restaurante Comunitário”.

Outra reclamação dos estudantes é que a quantidade de comida servida é insuficiente. “O restaurante abre as 11 horas, a partir das 12h30 já começa a faltar a salada, a carne. Queremos qualidade”, afirma Ayala Salazar.

Segundo a estudante, o fiscal do Restaurante Comunitário falou que a manifestação tinha cunho político. “Ele afirmou que nós estávamos fazendo campanha, que algum político pagou para os panfletos e para os estudantes fazerem a manifestação. Isso é um absurdo, nós estamos aqui porque precisamos de alimentação de qualidade”, ressalta a estudante.

O vendedor ambulante Joaquim Barros, que também almoça no Restaurante Comunitário disse que é a favor da manifestação. “Eu sou a favor do movimento para vê se melhora a comida, pois já que eles estão recebendo essa quantia deveriam oferecer um serviço melhor”, afirma Barros.

A reportagem do site Gente de Classe procurou a administração do restaurante para falar sobre o assunto, mas eles não quiseram se pronunciar.

Durante a manifestação, os estudantes fizeram um abaixo assinado e colheram assinaturas das pessoas que estavam almoçando no local. O documento será encaminhado à Prefeitura de Palmas. A polícia Militar acompanhou a manifestação, porém, sem fazer uso da força.

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