UFT discute calendário acadêmico; aulas podem não começar no dia 12
O fim da greve dos professores da Universidade Federal do Tocantins
(UFT) foi decidido durante assembleia nessa quarta-feira, 31. O Conselho
Universitário (Consuni) realizou uma sessão extraordinária na manhã
desta quinta-feira, 1º, para discutir o novo calendário acadêmico.
Durante a reunião, acompanhada por representantes de professores,
técnicos e alunos, foi estabelecido um indicativo de retorno às aulas
para o dia 12 de setembro em todos os campi, e estipulado a cada diretor
de campus que reunisse o conselho diretor e discutisse sobre o
indicativo.
De acordo com a nota divulgada no site da UFT, na próxima terça-feira,
6, haverá uma nova reunião na qual poderá ou não ser aprovada a data de
início das aulas na universidade. A previsão de encerramento do ano
letivo de 2011 seria dia 11 de fevereiro de 2012, incluindo o período de
avaliação final.
O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Felipe
Albuquerque, se mostrou preocupado com o debate em relação ao
calendário. “A UFT não pode continuar dessa forma. Muitos alunos não
sabem o que fazer e muitos pagam um custo alto para se manter na
cidade”, disse Felipe. Outra preocupação do presidente é o conflito
gerado em torno do final da greve. “Sempre há uma possibilidade dessa
greve retornar, porém a tendência, depois da assinatura do acordo entre o
sindicato nacional e o Governo Federal, é que todas as greves de
professores, que se deflagraram pelo país, terminem”, avaliou Felipe.
Para o presidente do Centro Acadêmico de Engenharia Ambiental, Murilo
Marcolini, esse adiamento para a definição do calendário não prejudica
os alunos. "Essa decisão não pode ser precipitada e cada campus deve
repassar suas necessidades”, afirmou. Murilo informou ainda que a
decisão de unificar o calendário não irá afetar os alunos dos campi que
ainda precisam terminar o primeiro semestre letivo. “A diferença das
aulas será de apenas duas semanas e meia. Durante as férias de janeiro, o
campus que está a frente ganha mais duas semanas e meia de férias, o
que vai igualar todos”, argumentou Murilo. Dos sete campi, apenas o
capus da UFT em Araguaína terminou o semestre letivo.
Segundo o presidente do Centro Acadêmico de Medicina Veterinária,
Leonardo Gonçalves, em Araguaína, os professores não se manifestaram a
favor da greve. Com a decisão de por fim à paralisação, de acordo com o
presidente, foi estipulado pelos professores que esta quinta-feira, 1, e
sexta-feira, 2, seriam regularizadas as matriculas e as aulas se
iniciariam na segunda-feira, 5. Com a unificação do calendário as datas
serão alteradas. Leonardo disse ainda que “a greve prejudicou os alunos a
partir do momento que não terminou o semestre, em alguns campi, e
depois quando fecharam os portões da universidade, além da indecisão dos
professores sobre o calendário”.
FONTE: SIte do Cleber Toledo
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