Sem diálogo com o Governo, greve de funcionários ameaça início de semestre nas federais

sábado, julho 23, 2011 Por Imprensa do DCE/UFT



A greve dos técnicos administrativos das universidades federais já dura 45 dias. Até agora, não houve reunião para discutir as reivindicações dos servidores. Segundo o governo, só haverá negociação se o movimento for suspenso. Sem perspectiva de diálogo, a categoria promete reforçar a paralisação, o que deve atrasar o início das aulas no segundo semestre, comprometendo o calendário universitário.



O movimento tem a adesão de servidores de 39 das 59 universidades federais. De acordo com o Ministério do Planejamento, o impasse foi criado pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra), que decidiu deflagrar a greve durante a negociação. Entre as reivindicações da categoria, está o reajuste do piso salarial em pelo menos três salários mínimos. Segundo a entidade, o vencimento desses servidores hoje é R$ 1.034.

Apesar de não terem ligação direta com o trabalho desenvolvido em sala de aula, os servidores são responsáveis por atividades administrativas importantes, como o processamento da matrículas. De acordo com o coordenador-geral da Fasubra, Paulo Henrique Silva, o movimento grevista agora tentará prejudicar esse processo. "Esse é um ponto, dentro das universidades, que nos favorece. É um processo necessário de resistência para que a gente possa ter uma resposta", disse Silva. Segundo ele, o comando de greve também vai intensificar a paralisação de serviços prestados pela categoria nos hospitais universitários.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) espera que o problema seja resolvido durante o período de férias e não comprometa o próximo semestre letivo. "Quando há conflito de interesses, só a conversa resolve", disse o secretário-executivo da associação, Gustavo Balduíno. Os reitores, informou, participaram do processo de interlocução entre os servidores e o governo. Até o momento, acrescentou, os prejuízos causados pela paralisação foram superados.

"Apostamos na responsabilidade do movimento sindical", disse Balduíno. "A categoria (dos técnicos) não causará prejuízos aos alunos e professores. A universidade oferece um conjunto de serviços de extrema importância que precisa funcionar em benefício da sociedade - e não em benefício do reitor ou do governo."

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2 comentários

Anônimo disse...

E quem se fode é a população em geral. Essa Fasubra é uma entidade altamente egoísta, ALÔÔ o mundo está quebrado, até o poderoso EUA está quebrado. Se vocês querem uma ação que de resultados que coloque uma bomba no Palácio da Alvorada pois, com essa greve vocês só SE prejudicam. Imagine só: Hospitais Escola entrando em greve, que absurdo!!!

Felipe Albuquerque disse...

De fato foi complicado a FASUBRA, ainda na mesa de negociação, radicalizar e deflagrar a greve. Foi um rompimento vindo do próprio movimento que mais necessita de melhorias.

Entretanto, acho que com a força do movimento hoje, cerca de 40 federais em greve, pressionará muito o Governo para ouvir as demandas.

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