As especulações quanto às definições do quadro político na universidade amenizaram com o termino do prazo de desincompatibilização. As figuras administrativas que desejam concorrer a cargos públicos majoritários ou proporcionais em 2010, deveriam renunciar obrigatoriamente até o dia 03 de abril. Nos bastidores, cogitava-se a possibilidade de uma figura executiva importante da UFT, o Reitor, renunciar para concorrer a algum cargo eletivo.

Mas como as Eleições 2010 no Brasil podem influenciar os rumos da universidade, principalmente no que tange às eleições para Direção de Campi e do Reitorado? É o que debateremos nessa matéria.



A questão principal:

Com a permanência do atual chefe da universidade, o xadrez político da UFT continua obscuro,  indefinido, pois apesar de haver a certeza de que o Reitor não será candidato a cargo público eletivo, há ainda uma possibilidade de que, conforme as articulações político-partidárias a nível nacional, o mesmo ser indicado a algum ministério ou presidência de algum órgão estatal importante.

Vale trazer à tona que o Reitor e professor Alan Barbiero possui postos políticos notáveis e de grande projeção, dentre eles, a Presidência da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) e ainda, é presidente do diretório metropolitano do Partido Socialista Brasileiro (PSB) - partido este da Base Aliada do Governo Federal.

Recordo-me de um comentário de um professor da UFT, em alto e bom som no microfone, na cerimônia de posse da presidência da ANDIFES, ocorrida no auditório do CUICA, citando uma possível indicação ao Ministério da Educação.




Entretanto, o que a saída antecipada ou a permanência do Reitor podem influenciar o contexto político universitário?

Diferentemente de um Prefeito, Governador ou Presidente da República, não há dispositivo legal para que na renúncia de um Reitor, o Vice-Reitor assuma pelo período de tempo restante do mandato. É meio ilógico, mas renunciando o Reitor, legalmente, o seu Vice ocuparia a cadeira por no máximo 60 dias, com a função prioritária de convocar novas eleições! Ocorreria portanto, uma eleição "de última hora" para a Reitoria da UFT (o mandato atual do Reitor e de seu Vice, está praticamente na metade do tempo útil).

Aí é que está o "x" da questão: apesar de remota, é possível que haja a coincidência (ou proximidade) dos períodos eleitorais para as Direções de Campi e Reitorado da UFT - o que não é proveitoso para muitos pré-candidatos a Reitor, principalmente aqueles que já são Diretores de Campi. As eleições para as Direções estão previstas para Abril/Maio de 2011.

Estar em uma Pró-Reitoria ou Direção de Campus e em menor escala, em uma Coordenação de curso, são vistos como cargos chave para pleitear o cargo do Reitorado. E conforme tenho ouvido pelos corredores, deverão concorrer uns 3 ou 4 candidatos à Reitoria e à Direção do Campus de Palmas.

Para a Direção do Campus de Palmas, especula-se candidatos dos cursos de Engenharia Ambiental (o atual Diretor, professor de Ambiental, poderá reeleger-se), Ciência da Computação e Pedagogia.






O Movimento Estudantil da UFT deve estar engatilhado na discussão de projetos e propostas, com os pré-candidatos a Diretores de Campi. Devemos antecipar-nos e desde já, procurá-los no intuito de fomentar a discussão das demandas essenciais à classe estudantil.

Fique sempre atento no Blog e abra o olho! Você também é eleitor e como tal, devemos exigir dos candidatos, respeito, dedicação, honestidade e trabalho!