O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Tocantins (DCE/UFT), recebeu neste final de semana, email da Coordenação de Arquitetura e Urbanismo, com um texto em anexo, de autoria do ex-Coordenador do referido curso e também  idealizador da obra da Biblioteca Central, prof. Walfredo Antunes. 

O teor da nota, sai em defesa do Diretor de Obras Civis, Luciano Sbroglia, do qual o setor, a DOC (Diretoria de Obras Civis), foi fortemente criticada por meio de uma Moção de Repúdio, emitida pelo Conselho Diretor do Campus Universitário de Palmas (CONDIC), em protesto aos atuais problemas com diversas construções da UFT. O Diretor chegou a deixar o cargo à disposição ao Reitor da UFT.

O professor dispara crtíticas à atitude do CONDIC: "É com grande surpresa pois, que recebi a Nota de Repúdio a ele dirigida pelo Conselho Diretor do Campus, esse sim, ao que me parece e pelo que pude perceber - quando dele fiz parte e pelas noticias mais recentes  que tenho - não tão preocupado assim com as reais condições e as melhores  maneiras de decidir e conduzir as obras de que todos necessitamos." comenta o docente.

Íntegra da Nota:

Meu caro Colega Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Tocantins Antonio Willamys, demais professores, e comunidade acadêmica em geral.

Resolvi encaminhar esta, sem que nada a isto me obrigue, a não ser  minha propria consciencia, nem ninguém me peça, exceto a dignidade  profissional em relação aos meus pares.

Tenho acompanhado a atuação do Arquiteto Luciano Sbroglia, antes da UFT, na Prefeitura de Palmas, e conosco na execução das inumeras obras resultado dessa proficua administração e dos esforços do Governo Federal.

Como Coordenador de Curso, Chefe do Laboratorio de Arquitetura, e mais de perto como um dos autores do projeto da Biblioteca Central do Campus de Palmas, sempre pude observar no referido colega os melhores requisitos de atuação pessoal e profissional. Lhano no trato, preocupadíssimo com os regulamentos que cercam sua atuação no serviço público, bem como atento ao bom desempenho da equipe sob sua direção, assim como com a qualidade e boa execução das obras sob sua responsabilidade, essa é a impressão que a convivencia dos ultimos anos me mostrou de Luciano.

Pudemos discutir em varios momentos aspectos da obra da Biblioteca, bem  como de outras no Campus de Palmas e fora dele, sem que jamais notasse  em sua atuação qualquer atitude digna de reparo, ou descaso com o fruto  de seu trabalho e suas obrigações rotineiras, ao contrário.

É com grande surpresa pois, que recebi a Nota de Repúdio a ele dirigida pelo Conselho Diretor do Campus, esse sim, ao que me parece e pelo que pude perceber - quando dele fiz parte e pelas noticias mais recentes  que tenho - não tão preocupado assim com as reais condições e as melhores  maneiras de decidir e conduzir as obras de que todos necessitamos.

Isto porque tal conciliábulo, sob a atual Presidencia,  já voltou atrás em  questões resolvidas anteriormente, particularmente ligadas a compromissos  com o Curso de Arquitetura e Urbanismo quanto a espaços necessários ao  seu bom desempenho, e de forma geral tem relevado a importância e urgência de construções necessárias ao bom funcionamento do campus, como,  por exemplo, no caso das salas para professores, que já foram objeto de posições desencontradas que nunca chegam a qualquer deslinde.

Por outro lado, aceitou-se sem qualquer interferencia dos agora preocupados conselheiros, a importação indevida de um projeto para o restaurante universitário, vindo de outras terras e outra universidade, sem sequer jamais solicitar as necessárias avaliações sobre a conveniencia de sua construção, como foi proposta e está sendo providenciada.

Soa estranho ademais o teor e autoria da referida nota, quando, em resposta, o visado arquiteto esclarece cabalmente ter participado de tratativas com a SANEATINS visando resolver os problemas ora apontados, sem que o prosseguimento das soluções estivesse em sua alçada de decisão, e sem que providencias indispensáveis já apontadas há muito tempo tenham sido adotadas. De mais a mais, parece infantil, não necessitando ser administrador ou profissional da área, esperar que uma estação provisória de tratamento

de efluentes, dimensionada para um campus de mais de uma década atrás, possa continuar suportando a intensa expansão ali realizada.

Por estas e outras razões, inclusive a de postular que as divergências  administrativas em organizações como a nossa devem ser sanadas com  o espírito de zêlo, colaboração e educação corriqueiro e usual, e no trato

diário pessoal, não necessitando de tais recursos como a referida Nota, é que venho manifestar minha solidariedade para com o colega atingido por tal despautério. A mim resta ainda a desconfiança que tal recurso possa ter sido usado para atingir outros fins, pessoas ou entidades, o que o tornaria ainda mais caviloso.

Esclareço por fim, que encaminhei pela manhã, a devida solicitação à Diretoria do Departamento local do Instituto de Arquitetos do Brasil, para consultar os colegas no sentido de emitir uma Nota de Desagravo ao colega ofendido, pelas razões que enumero acima, e por não entender, do que todos conhecemos de seu desempenho como nosso colega, ter sido êle merecedor de agravo profissional  como este que lhe foi dirigido.

Em Palmas, aos 25 de Fevereiro de 2011

Arquiteto Walfredo Antunes de Oliveira Filho

Professor-Assistente, 

MSc em Planejamento Urbano e Regional(LSE),

Conselheiro do Instituto de Arquitetos do Brasil e

Medalha de Ouro "Lucio Costa".

Nota Adicional: peço ao sempre atencioso colega Willamys, que me ajude a fazer circular

este manifesto entre os nossos colegas professores do CAU, solicitando que

sendo possível, coloque-o também para divulgação aos demais professores,

funcionarios e alunos da Universidade.