Técnicos-administrativos da UFT entram de greve - Reitor considera greve justa

segunda-feira, junho 06, 2011 Por Imprensa do DCE/UFT



Mais de 50% dos técnicos administrativos da UFT paralisaram suas atividades a partir deste segunda-feira, 6. Essa paralisação também acontece em universidades federais de outros estados. A categoria reivindica a valorização dos servidores da educação superior, a equiparação salarial a três salários mínimos, reajuste dos auxílios creche e alimentação e a revisão do anexo quatro do Plano de Carreira que trata sobre a qualificação. Uma reunião com o Governo Federal e representantes da categoria está agendada para esta terça-feira em Brasília, DF.


Mais de 50% dos técnicos administrativos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) paralisaram suas atividades a partir desta segunda-feira, 6. São aproximadamente mil servidores técnicos administrativos da UFT. Apesar da paralisação dos técnicos administrativos, as aulas estão acontecendo normalmente nos campi da UFT.

Essa paralisação também acontece em universidades federais de outros estados como Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraná, Amazonas e Santa Catarina. São cerca de 179 mil servidores técnicos administrativos de universidades e institutos tecnológicos federais de todo o País em busca de melhorias.

O coordenador geral do Sindicato dos Técnicos Administrativos da UFT – Sintad, Miguel Lima explicou ao Site Roberta Tum que a greve foi deflagrada após várias tentativas de negociação junto ao Governo Federal de melhorias para a categoria, dentre elas a valorização dos servidores da educação superior, a equiparação salarial a três salários mínimos, reajuste dos auxílios creche e alimentação e a revisão do anexo quatro do Plano de Carreira que trata sobre a qualificação, uma vez que é permitida somente para alguns cargos. A categoria quer que a progressão seja ampliada a todos os cargos.

Nós já temos uma demanda que já vem arrastando desde 2005, prorrogamosa greve em 2007. As reivindicações que foram negociadas em 2007, alguns itens até hoje não foram atendidos. Em 2010 nós procuramos o Governo, mas ficamos sem recurso nenhum em 2011 sequer para reposição das perdas inflacionárias. Demos vários avisos, fizemos a marcha para Brasília, a paralisação de alerta, mas o Governo foi insensível e não nos restou outra alternativa a não ser entrar em greve”, disse Lima.


Reitor apoia movimento

O reitor da UFT Alan Barbiero disse ao Site RT que apoia o movimento, uma vez que trata-se de uma manifestação nacional e que as reivindicações são justas e legítimas. “Eu acho que a reivindicação dos servidores é justa e legítima, pois há uma defasagem salarial muito grande e há a necessidade de se realocar recursos para o orçamento de 2012 para que haja o reajuste da categoria”, afirmou.

Barbiero declarou que a reitoria irá acompanhar o andamento da greve através do diálogo e que irá fazer o máximo para que o prejuízo pela greve seja minimizado. “Nós vamos manter o diálogo para ajudar em todo esse processo e fazer o máximo para não haver prejuízo aos estudantes”, pontuou.


Estratégia de greve

O coordenador informou que os técnicos estão deliberando na manhã de hoje o comando de greve que irá comandar o movimento e traçar as estratégias e atividades a serem realizadas durante esse período. Também será criada uma comissão para identificar os assuntos emergenciais na UFT para evitar algum prejuízo à universidade.

“Não temos interesse em fazer com que a universidade perca recursos que dependam de nós, então essa comissão irá identificar nos próximos dias os serviços emergenciais para que sejam mantidos e, assim, evitando algum prejuízo permanente”, disse.


Quatro campi já estão paralisados

Lima pontuou que já são quatro campi da UFT que paralisaram suas atividades, sendo eles de Palmas, Tocantinópolis, Arraias e Miracema. Os servidores dos campi de Araguaína, Gurupi e Porto Nacional estão deliberando se aderem ou não à paralisação. O coordenador geral do Sintad disse que o Instituto Federal Tecnológico ainda não se posicionou sobre a greve.


Prejuízo aos estudantes

O coordenador não negou que a paralisação poderá causar algum impacto em relação ao funcionamento da universidade. “Não somos ingênuos em dizer que não haverá prejuízo. Poderá haver sim, porque mesmo que os professores estejam trabalhando normalmente, eles poderão ter alguma dificuldade de conduzir as aulas porque são os técnicos que dão todo o suporte necessários para eles”, declarou.

Para o estudante de administração Wagner Ribeiro, a greve é justificável desde que a categoria tenha uma justificativa plausível, mas espera que não dure muito tempo, para evitar prejuízo aos estudantes. “Sou a favor da greve se realmente houver uma justificativa para isso, mas eu acho que poderá atrapalhar o andamento das aulas se eles demorarem para serem ouvidos”, disse o estudante.

Reunião com o Governo Federal

Miguel Lima informou ainda que está agendada para esta terça-feira uma reunião entre representantes da categoria e o secretário de recursos humanos do Ministério de Planejamento Duvanier Paiva para tratar das reivindicações dos servidores, em Brasília-DF


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