Dilma pede à base que não aprove projetos no Congresso que aumentem gastos do Governo
Em reunião de uma hora e meia na manhã desta quarta-feira (10), o Planalto pediu aos líderes dos partidos da base aliada "responsabilidade" e união ao avaliar projetos que aumentem os custos do governo.
O ministro Guido Mantega (Fazenda) deu o exemplo da PEC 300, que cria um piso nacional para policiais e bombeiros. Há pressão no Congresso para votar o tema neste semestre.
"A PEC 300 pode ter um efeito fiscal muito pior para o Brasil do que a crise internacional", afirmou o ministro na reunião.
A presidente Dilma Rousseff abriu o encontro falando de economia e da importância do equilíbrio fiscal do país. Pediu a união da base aliada para que não se aprove projetos no Congresso que se transformem em aumento de gastos do governo.
Mantega falou ainda do receio de que os aumentos do funcionalismo nos próximos meses "crie uma espiral" de aumento de gastos.
Temas políticos, como a crise no Ministério do Turismo, foram citados nas falas dos congressistas, que disseram que o clima no Congresso "está ruim".
O PR, que ameaça deixar a base aliada de Dilma desde as mudanças no Ministério dos Transportes, que derrubaram toda a cúpula da pasta e Dnit, foi representado na reunião pelo senador Magno Malta (PR-ES). Ele chegou atrasado, mas ficou até o final. Há poucos dias, Malta defendeu que o PR fizesse apoio "crítico" ao governo.
Já o presidente do PMDB, Valdir Raupp (RO), elogiou a condução da presidente frente a crise política e disse que o partido --o mesmo do vice-presidente Michel Temer-- "está com o governo".
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