Servidores federais fazem paralisação por melhores salários
Os servidores da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado (IFTO) realizam durante toda essa quinta-feira, 28, uma paralisação por melhorias salariais e de trabalho de professores e técnicos das entidades. A ação faz parte de uma mobilização nacional, iniciada no dia 13 em Brasília e que acontece nesta quinta, simultaneamente, em todos os estados da federação.
O Portal Stylo esteve na UFT e entrevistou o coordenador Geral do Sindicato dos Técnicos Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Tocantins (Sintad), Miguel Lima. Segundo o coordenador, mais de 2.000 servidores, das 16 unidades (2 reitorias e 14 campus) da UFT e IFTO no estado aderiram à paralisação.
"Temos várias medidas tramitando no Congresso que prejudicam os servidores. O PLP [Projeto de Lei e Outras Proposições] 549/09 prevê congelamento do salário dos servidores por 10 anos e redução de gastos com pessoal. Assim, o Governo fica impedido de aumentar salários, contratar novos funcionários ou fazer concurso. Não tem como crescer desse jeito", justifica Lima. O PLP citado foi aprovado em 2008 pelo Senado e aguarda votação da Câmara.
Entre os descontentamentos da classe estão projetos que limitam o direito de greve dos servidores (PL 4.497/01 e PLS 84/07), que estabelecem nova forma para quitação de precatórios (PEC 12A/06), que instituem regime de previdência complementar (PLP 1.992/07 e PLC 136/09), que prevêem demissão por insuficiência de desempenho (PLP 248/98) e que autoriza a criação de fundações públicas de direito privado para atuar nas áreas de saúde e hospitais em universidades (PLP 92/07).
A classe luta ainda por mais recursos para educação e pede a destinação de 10% do PIB para a área. "Precisamos de mais professores e estrutura para trabalhar. A nossa luta é por servidores fortes e eficientes, que sejam valorizados para oferecer serviço à altura da população", declara Miguel Lima.
"Acho essa mobilização muito justa. A universidade está sucatiada, não tem condições sérias para o professor trabalhar e o aluno aprender", desabafa Renan Rocha, estudante de Pedagogia da UFT. O aluno aderiu à paralisação pensando no futuro, quando ele for professor.
De acordo com o coordenado do Sintad, a paralisação é apenas um alerta para o Governo Federal, mas não houver mudanças, os servidores garantiram que entraram em greve.
Mobilização
A ação começou às 7h com agrupamento dos servidores em frente às instituições. O grupo da UFT seguiu em direção ao IFTO para ser reunir com o grupo de servidores do Instituto e seguir em carreata pela Avenida JK. O destino final é a Praça dos Girassóis, onde os manifestantes devem permanecer até o meio dia. A paralisação vai durar o dia inteiro e encerrar à noite.
FONTE: Jornal Stylo
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