Na próxima reunião do CONSUNI, que ocorrerá nesta quarta-feira, dia 25 de Novembro, será discutido como Informe, o "Adiamento das Provas do ENEM".

Essa "tentativa" de pauta, creio eu, foi incitada devido a um email que enviei ao Reitor, solicitando uma reunião extraordinária do CONSUNI, logo após a polêmica da fraude no certame. Ou seja: meu pedido de reunião extraordinária foi minimizado em um simples informe. Além do mais, a reunião do CONSUNI foi adiada por 3 vezes! Transcrevo abaixo linhas importantes do email:

Em virtude do ocorrido recente de possível "vazamento de informações relativas à prova do ENEM" e seu cancelamento pelo Ministério da Educação, solicito de Vossa Magnificência uma reunião Extraordinária do Conselho Universitário, para que o egrégio Conselho, pronuncie-se à sociedade tocantinense quanto à adesão da universidade a esse novo processo seletivo. O processo seletivo do MEC, como visto, apresentou falhas e/ou questionamentos, e considero que a adesão da universidade ao ENEM deveria ser novamente discutida pelo CONSUNI, visto que abre uma desconfiaça séria sobre a lisura do processo seletivo. Acredito também que o calendário de provas do Vestibular da UFT possa também ter suas datas rediscutidas pela COPESE.

O CONSEPE e CONSUNI aprovaram a adesão da UFT ao novo ENEM (25% das vagas), sem consultar sequer a sociedade externa tocantinense, por meio de audiência pública (o que não foi falta de solicitações, que fiz em diversas reuniões do CONSUNI) e sob intenso protesto estudantil da universidade. Vale lembrar que o Congresso de Estudantes da UFT, em sua plenária, deliberou pela rejeição total do Sistema Seletivo Unificado.

Você pode conferir a matéria completa da aprovação aqui, que inclusive foi manchete do Jornal do Tocantins e demais meios de comunicação do estado.



A FALTA DE SEGURANÇA COM AS PROVAS, ADIOU A REALIZAÇÃO DO ENEM:

É fato inquestionável, que, na cabeça de nós brasileiros, sempre duvidaremos da segurança do ENEM; afinal, com todos aqueles milhões de Reais investidos, homens mal intencioados, conforme relatório da Polícia Federal, saíram da gráfica com as provas na cueca - literalmente!.

O desgaste para o Ministério da Educação foi tamanho, que fora necessário veicular uma campanha televisiva para "salvar" o novo exame do imaginário fértil popular.

O MEC ALTEROU O PROJETO, JÁ APROVADO PELAS UNIVERSIDADES, SEM CONSULTÁ-LAS:

No que tange à apreciação da proposta do novo ENEM, o MEC foi cortês: permitiu que as universidades apreciassem a proposta, através de seus Conselhos Superiores, e de livre arbítrio, aderissem ou não ao certame.

A proposta inicial do Ministério, permitia que os candidatos escolhessem até 5 instituições ou cursos diferentes do Brasil. Foi esse portanto, o projeto aprovado pelos Conselhos Superiores da UFT; alías, por todas as universidade que optaram por aderir ao novo Sistema Seletivo.

Entretando, em Outubro de 2009, o MEC dá o seu segundo "tiro no pé", ao reduzir de 5 para 3, a opção de cursos disponíveis aos candidatos, sob o pretexto de acelerar o processo de seleção.

O que me causa estranheza é o fato do MEC ter tomado essa decisão unilateralmente, por mais aparentemente justificada que possa ser. É como se a universidade tivesse aprovado um cheque em branco, e o Ministério o preenchesse, conforme suas conveniências.

Porque o MEC não identificou que apenas 3 opções seriam mais eficientes? Será que faltou mais tempo de discussão também ao MEC? Obviamente que faltou maior tempo de discussão.

Lembro-me do momento em que MEC divulgou o Novo ENEM: de forma repentina! O tema foi matéria da Veja e do restante da grande imprensa; e em menos de 3 meses de discussão, as universidade já estavam aderindo!

São esses e outros questionamentos, que farei na reunião do CONSUNI desta quarta-feira. Tenho inclusive, uma coleção de matérias jornalísticas que trarei aos conselheiros, para embasar meus argumentos.

Caso haja apoio estudantil, poderei inclusive solicitar a inclusão de pauta, para o semestre que vem, de rediscussão da adesão ao Novo Enem pela UFT