A ideia partiu do Laboratório de Arquitetura da UFT (LAU), como parte de um projeto de pesquisa e extensão voltado para a revitalização dos espaços livres do campus. “Nós tínhamos uma preocupação sobre com estavam sendo tratadas essas áreas, e sobre como isso poderia ser transformado”, explica a coordenadora do LAU, professora Márcia de Camargo. “Daí surgiu o projeto, que propõe um plano de massa de paisagismo sustentável para o campus – e a orla é uma parte desse plano”.

Segundo Márcia, a abertura da praia tem três objetivos principais. O primeiro é garantir à comunidade acadêmica o direito de acesso a esse patrimônio; o segundo é manter a biodiversidade ecológica da área. “Planejamos fazer o adensamento das espécies vegetais nativas – e, assim, garantir a permanência das aves que habitam o campus”, diz a professora. E, pro fim, oferecer uma alternativa gratuita de lazer para alunos, professores e técnicos. “A orla permite que você pratique esportes como natação ou trilha; um aluno pode estudar na beira do lago, ou ler um livro...o local permite uma série de atividades que vão trazer melhoria do conforte e da qualidade de vida da comunidade. E se você dá a oportunidade para que ela utilize esse espaço, melhora o humor das pessoas inclusive para trabalhar e estudar – e com custo praticamente zero”.

Espaço – A coordenadora do LAU explica que a primeira etapa do projeto de revitalização da praia, previsto para 2011, propõe a utilização de 200 metros da área da orla, com duas quadras de vôlei de areia e um pier com piscina telada flutuante. “Já fizemos a limpeza de grande parte dessa área, e já temos as guias, a bola e a rede das quadras. Haverá ainda mesas e cadeiras plásticas para se ficar na beira da praia...vai ser um lugar muito gostoso para todos”, diz Márcia.

A ideia é que se a praia se torne o palco habitual de atividades mensais ou quinzenais, como saraus, apresentações musicais ou de teatro ao ar livre. “Queremos que haja manifestações espontâneas. A Universidade tenha mais vida – e para, isso temos que ter espaços que sejam propícios pra isso. Não é preciso gastar uma fortuna em infra-estrutura. Basta que haja um espaço do qual possamos usufruir, e a praia é um bom exemplo disso. É uma forma de criar um vínculo afetivo da comunidade com o campus – e, quando a gente ama um lugar, a gente trata bem”, conclui a professora.