AGU propõe ação de ilegalidade da greve de funcionários das universidades federais: SINTAD/UFT aguarda notificação
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Sede da AGU em Brasília - DF |
A Advocacia-Geral da União propôs no STJ ação para declarar a ilegalidade da greve, deflagrada em todo Brasil, por técnicos administrativos das universidades federais. Segundo consta na ação a greve é ilegal, pois não havia terminado as negociações quando a mesma teve início. Ao Site Roberta Tum, o coordenador geral do técnicos no Tocantins, Miguel Lima, informou que não vê legalidade no movimento e que aguarda ser notificado da ação para se manifestar.
Nesta última segunda-feira, 25, a Advocacia-Geral da União propôs no Superior Tribunal de Justiça, ação para declarar a ilegalidade da greve, deflagrada no dia 6 de junho, em todo Brasil, por técnicos administrativos das universidades federais públicas.
Caso a greve não seja suspensa pela Justiça, a AGU pede que no mínimo 70% dos técnicos retornem ao trabalho, para permitir a continuidade dos serviços públicos essenciais, prestados pelas universidades. Requer, também, a fixação de multa diária de R$ 100 mil, em caso não seja cumprida essa determinação.

Ainda de acordo com Lima, o sindicato aguarda ser notificado para daí tomar as providências cabíveis. “Vamos aguardar sermos notificados para saber qual o conteúdo dessa ação e daí vamos nos manifestar. Além disso, é bom lembrar que essa é uma manifestação da classe e não de comandos, de sindicatos”, destacou Lima.
Justificativa
Segundo a Advocacia, a ação foi proposta com o objetivo de garantir o direito constitucional do ensino público gratuito à sociedade, a continuidade das pesquisas nacionais nas áreas de ciência e tecnologia, do atendimento em hospitais universitários e do desenvolvimento econômico e social do país.
Na ação, a PGF demostra que as negociações da Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento junto à Fasubra começaram quando a federação anunciou a decisão de fazer a greve e que diversas reuniões foram realizadas com os representantes da categoria para tratar de questões salariais e de reestruturação das carreiras e para que o governo pudesse apresentar propostas, com o objetivo de impedir a paralisação. De acordo com a petição, em uma delas, porém, a Fasubra resolveu mudar a pauta e ameaçou incitar a greve caso o governo não atendesse às novas reivindicações.
No dia 1º de junho foi enviado ofício à Fasubra, onde os secretários de Ensino Superior do Ministério da Educação e de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento comunicavam a disposição em concluir as negociações, em prazo razoável, a ser acordado em reunião agendada para 7 de junho. A federação, no entanto, desconsiderou o ofício e anunciou a instauração da greve.
Movimento ilegal
Os procuradores federais destacam na ação que o movimento é ilegal e abusivo, pois não haviam terminado as negociações com a Fasubra. De acordo com o artigo nº 3 da Lei nº 7.783/89, para haver a greve, é preciso que se esgotem todas as tentativas de acordo, caso contrário, constituiu abuso do direito de greve. Nesse sentido, também é a Orientação Jurisprudencial nº 11 do Tribunal Superior do Trabalho que considera imprescindível "a tentativa direta e pacífica da solução do conflito".
O movimento
O movimento envolve 35 universidades e a ação foi proposta pela Procuradoria-Geral Federal (PGF) contra a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra) e outras 26 entidades que representam a categoria, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). As paralisações dos servidores públicos são regidas pela Lei nº 7.783/89, que trata das greves no setor privado, devido à falta de norma específica sobre o tema.(Com informações da Advocacia-Geral da União)
FONTE: Site da Roberta Tum

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